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terça-feira, 3 de maio de 2016

Musical Mamonas relembra sucessos do grupo que morreu em acidente aéreo

O Musical Mamonas (Leandro Bronze/Ponto de Vista)
Fãs e familiares matam a saudade e se emocionam relembrando as músicas e a irreverência da banda
Está em cartaz no Teatro Raul Cortez, na capital paulista, 'Mamonas, o musical'. O espetáculo marca os 20 anos da morte dos integrantes do grupo Mamonas Assassinas, que foram vítimas de um acidente aéreo em março de 1996. O avião em que estavam caiu na Serra da Mantiqueira quando voltavam de um show em Brasília.
O musical traz as músicas bem-humoradas e os figurinos irreverentes que conquistaram públicos de todas as idades e marcaram uma geração. A banda alcançou o sucesso no ano de 1995, mas devido ao trágico acidente, o grupo teve oito meses o sucesso. 
Após duas décadas da morte de Dinho, Bento Hinoto, Samuel Reoli, Sérgio Reoli e Júlio Rasec, os Mamonas Assassinas ainda emocionam fãs por meio do espetáculo.
Chicara Hinoto, veterinário, irmão do guitarrista Bento, em entrevista ao Ponto de Vista, disse que assistiu ao musical e achou um trabalho teatral muito bem estudado pelo elenco selecionado. “A representação do Bento, foi apresentado com bastante dinamismo e graça, sem semelhança, mas de atuação brilhante por Yudi Tamashiro”, diz.
Ao ser questionado sobre o que mais gostou no espetáculo, Chicara afirma que gostou da versatilidade dos atores em representar vários personagens, em particular, a atuação do Ruy Brissac no papel do vocalista da banda, Dinho.
(Leandro Bronze/Ponto de Vista)

Aline Domingues, enfermeira, que também assistiu ao musical e já era fã dos Mamonas, achou o espetáculo sensacional e o integrante da banda que mais gostava era o baixista Samuel. “Todo musical não deixa de ser uma homenagem para o artista e eu achei tudo emocionante”, disse.
Outro fã que falou sobre o musical foi o vocalista da banda Cesta Básica, Dody, que achou o espetáculo interessante e destacou que a música que mais gosta é 'Pelados em Santos'. Ele também fala (áudio) um pouco do Dinho, vocalista, o integrante que mais se identificava.


O espetáculo também chama a atenção pela semelhança que alguns atores têm com integrantes do quinteto original, em especial Ruy Brissac que interpreta Dinho. Em entrevista ao Ponto de Vista ele falou um pouco sobre os Mamonas e sobre como foi a seleção de atores:
Ponto de Vista: Você já era fã do grupo Mamonas Assassinas antes de participar do musical?
Ruy: Sim. Na época eu tinha seis anos de idade. Então, eu não lembro muita coisa, mas lembro das músicas “vira-vira” e “sabão crácrá”, que a molecada brincava um com o outro. Era incrível. Na minha adolescência eu não tinha as músicas em MP3, não era uma coisa que eu ouvia frequentemente.
Ponto de Vista: Como foi o processo de seleção dos atores?
Ruy: Foi um processo muito intenso. Foram cinco dias de audição e eu ficava o dia inteiro lá, dançando e cantando. Era muito improviso e eu saía com a cabeça quente (risos). Foi muito gostoso porque a gente fez muitas amizades, os bastidores eram incríveis. A produção nos tratava muito bem. Foi muito gostoso apesar do nervosismo de estar concorrendo com outras pessoas pra conquistar um papel incrível como esse. Foi um processo bem puxado (risos).
Ponto de Vista: Quais foram as suas inspirações para compor o personagem?
Ruy: Para criar o Dinho eu pensei em levar alegria. Era isso que ele levava para as pessoas. Então eu focava nisso: liberdade e alegria. Liberdade pra improvisar. Eu assisti muitos vídeos a respeito do Dinho e da banda. Baixei todos os vídeos no youtube e via todos os dias. Inspirei-me exatamente nele. Eu focava e via como ele se comportava diante da câmera nos programas e no palco, porque sempre tinha diferença. Assisti muitos vídeos, mas é claro que eu também vi super-heróis pra ficar uma coisa mais cômica (risos). 
Morte em acidente aéreo

O grupo Mamonas Assassinas surgiu no início da década de noventa com o nome de Utopia. Os integrantes eram de Guarulhos, cidade da Grande São Paulo. Seu som era uma mistura de vários gêneros musicais como heavy metal, forró, sertanejo, brega, pagode, música mexicana, vira etc.

No dia 2 de março de 1996, em São Paulo, o avião Learjet modelo 25D, prefixo PT-LSD colidiu com a Serra da Cantareira, matando os cinco membros da banda e a tripulação do voo.
O Musical Mamonas está em cartaz até dia 30 de maio no Fecomercio - sala Raul Cortez, na Rua Dr. Plinio Barreto, 285, Bela Vista – SP.

Por Leandro Bronze

Aumento da inflação estimula crescimento do comércio informal

Camelôs Barueri (Cátia Ramos/Ponto de Vista)
O aumento da inflação faz com que as pessoas refaçam seu orçamento a cada dia e, quando as contas não fecham, é preciso encontrar saídas para não entrar no cheque especial e evitar o temido cadastro do SPC-SERASA

Produtos Quitutes da Wal (Cátia Ramos/Ponto de Vista)

Com a alta da inflação, que segundo dados divulgados em abril pelo IBGE, está muito acima do limite máximo da meta estabelecida pelo governo, que é de 4,5% ao ano, e a piora da crise econômica, muitas pessoas têm procurado formas de obter uma renda extra. Por isso, recorrem ao comércio informal para fechar as contas do mês. Uma delas é Walkíria Guedes, 30, produtora na emissora Rede TV. Ela vende doces a seus colegas de trabalho para ajudar no orçamento de casa.

Walkíria explica que antes de comercializar os produtos no ambiente de trabalho já os vendia para fora, aos fins de semana. Certo dia levou para que experimentassem na empresa as encomendas dispararam. "Não chego a ter apoio dos meus chefes, embora eles comprem e até mesmo elogiem meus produtos", afirma a produtora.

Uma das clientes de Walkiria é Yasmim Rodrigues Lobo, estudante e estagiária na área de comunicação. Ela explica que o motivo pelo qual apoia esse tipo de comércio é devido à correria do dia a dia. "Muitas vezes saio de casa correndo e não tenho tempo para comer, e como não existe nenhuma lanchonete por perto, compro de Walkíria pois é muito prático", explica. 


Yasmim comenta que uma de suas maiores preocupações é não fugir muito do orçamento. "É preciso se controlar para não gastar quase todo o salário com os doces da Walkíria. Antigamente eu comprava todos os dias. Hoje tento me controlar comprando de uma a duas vezes por semana”, diz.
No vídeo, outro cliente de Walkíria: 



Dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados em 2016, apontam que a inflação no Brasil teve uma queda em relação a fevereiro ficando em 0,9%. Essa é a menor inflação para o mês de março desde 2012, quando foi registrada a taxa de 0,21%. Apesar da queda, o índice da inflação ainda está muito acima do limite máximo da meta estabelecida pelo governo que é de 4,5% ao ano. Em 2015 a inflação foi de 10,67%.

Considerando esses dados , ao conseguir essa renda extra, é importante que as pessoas saibam como fazer para colocar as contas em dia e até mesmo como investir, caso sobre algum valor. Segundo o economista chefe da FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos), e professor da universidade de São Paulo, Roberto Luis Troster, nesses tempos difíceis, o principal é se antecipar ao que está por vir. 


"Hoje o país atravessa uma combinação de três crises: política, econômica e social, e ninguém sabe como ou quando acabará. Daí a importância de se preparar para o pior, aumentando o caixa e reduzindo gastos", explica o especialista.

O economista finaliza as dicas dizendo que é primordial que os empreendedores se adaptem às necessidades dos clientes, e que devemos enxergar as oportunidades na crise. “Enquanto uns choram, outros venderão lenços. Sejamos então vendedores de lenços”, conclui Troster.

Embora a intenção de vender produtos no ambiente de trabalho seja boa, é importante lembrar que de acordo com o artigo 482 da lei trabalhista, o trabalhador que vender produtos dentro do ambiente de trabalho sem a autorização do empregador poderá ser demitido por justa causa. Desta forma, é importante se certificar de que a prática não causará mais prejuízos do que benefícios. 


Por Cátia Ramos