Donald Trump discursando no estado de Iowa, em Janeiro
(Divulgação: Site Donald Trump Oficial https://www.donaldjtrump.com/gallery/)
O representante da direita conservadora vem conquistando forte eleitorado, com 45% dos Republicanos apoiando sua candidatura
(Divulgação: Site Donald Trump Oficial https://www.donaldjtrump.com/gallery/)
O representante da direita conservadora vem conquistando forte eleitorado, com 45% dos Republicanos apoiando sua candidatura
Com o fim do segundo mandato de Obama, começa a corrida
presidencial nos EUA, e um dos nomes mais cogitados é o do polêmico empresário
Donald Trump, representante do Partido dos Republicanos.
Conhecido como o magnata do setor imobiliário, o
pré-candidato vem colecionando comentários ofensivos a vários grupos étnicos,
em especial aos latinos e, mesmo assim, Trump tem alcançado altos índices de
popularidade entre o eleitorado americano.
Um dos grandes motivos que conduzem a audácia de Trump é o
fato de o empresário multimilionário custear sua própria campanha, sem depender
de companhias de seguros ou dos interesses estipulados por lobistas.
O grande foco de sua campanha tem sido o discurso anti-imigração. Ele citou Brasil, China, Japão e México como exemplo de países que se aproveitam das políticas imigratórias dos Estados Unidos. Em relação especial ao México, o pré-candidato pretende construir um muro para separar os EUA do país latino. A proposta, além de ser considerada inviável devido ao orçamento de 8 bilhões de dólares (cerca de 31,1 bilhões de reais), tem sido apontada por muitos como uma política segregacionista e xenofóbica.
O grande foco de sua campanha tem sido o discurso anti-imigração. Ele citou Brasil, China, Japão e México como exemplo de países que se aproveitam das políticas imigratórias dos Estados Unidos. Em relação especial ao México, o pré-candidato pretende construir um muro para separar os EUA do país latino. A proposta, além de ser considerada inviável devido ao orçamento de 8 bilhões de dólares (cerca de 31,1 bilhões de reais), tem sido apontada por muitos como uma política segregacionista e xenofóbica.
O Papa Francisco condenou a criação do muro e alegou que Donald Trump não é cristão. O magnata rebateu as afirmações apontando que se o Estado Islâmico invadisse o Vaticano, o Papa ia querer ser o Presidente dos Estados Unidos.
Para o professor de relações internacionais da PUC de São Paulo, Geraldo Zahran, as afirmações feitas pelo candidato não têm sentido algum e só servem para gerar mídia. Por outro lado, as ofensas proferidas à comunidade latina podem prejudicar a campanha de Donald Trump. “Isso afetará não só a campanha dele, mas também a imagem dos Republicanos que já tem uma má reputação entre os imigrantes por causa das políticas adotadas”, comenta Zahran.
Imigração Ilegal
Outra proposta de Trump é a expulsão de todos os imigrantes ilegais nos Estados Unidos, número em torno de onze milhões de pessoas, atualmente. Para o pré-candidato há a necessidade de se criar novos padrões para os imigrantes e fazer com que os Estados Unidos voltem a crescer.
Bandeira dos EUA hasteada em SP (Rafael Coelho/Ponto de Vista)
Para o professor de inglês David Brooking, 59, americano também residente no Brasil há dois anos e meio, Trump não sabe o que está falando porque os EUA sempre precisaram dos imigrantes. “Os Estados Unidos foram fundados por imigrantes, não faz sentido exigir que eles saiam. Esse homem não pode ganhar as eleições”, afirma Brooking.
Para Zahran, este tipo de discurso adotado, é o reflexo do atual cenário político-econômico americano. Trump prega para uma sociedade que sofreu os efeitos da crise financeira de 2008, viu o país voltar a entrar nos eixos, mas seus salários permaneceram baixos. “Há uma desilusão muito grande com a política, independente de quem entre no poder, a situação vai continuar a mesma. Trump fala para uma população branca, escolarizada que é suscetível a este tipo de discurso demagógico”, afirma o professor de relações internacionais.
Brasileiros
Hoje, cerca de 730 mil brasileiros vivem de forma irregular nos Estados Unidos. Entre eles está a estudante Camilla Fernanda Rodrigues, de 28 anos. Ela mora há quase três anos nos Estados Unidos e está acompanhando a corrida presidencial. “Eu estou indignada com o que está acontecendo. Se Donald Trump ganhar as eleições as coisas vão ficar feias por aqui”, relata Camilla. Para a estudante, a alta popularidade de Trump se dá pelas suas aparições na televisão e porque há muitas pessoas envolvidas na campanha. Camilla ainda aponta que não pode votar porque precisa residir por no mínimo cinco anos nos Estados Unidos para dar entrada no Green Card e conseguir se tornar cidadã americana.
Brasileiros
Hoje, cerca de 730 mil brasileiros vivem de forma irregular nos Estados Unidos. Entre eles está a estudante Camilla Fernanda Rodrigues, de 28 anos. Ela mora há quase três anos nos Estados Unidos e está acompanhando a corrida presidencial. “Eu estou indignada com o que está acontecendo. Se Donald Trump ganhar as eleições as coisas vão ficar feias por aqui”, relata Camilla. Para a estudante, a alta popularidade de Trump se dá pelas suas aparições na televisão e porque há muitas pessoas envolvidas na campanha. Camilla ainda aponta que não pode votar porque precisa residir por no mínimo cinco anos nos Estados Unidos para dar entrada no Green Card e conseguir se tornar cidadã americana.
De acordo com Geraldo Zahran, há duas formas de se punir os imigrantes ilegais: a primeira seria pressionando o empregador para exigir que o imigrante mostre os documentos comprovando sua legalidade no país, a segunda seria a própria perseguição ao imigrante por parte da polícia, de pessoas ou autoridades que cobram documentação.
Ele ainda afirma que tais medidas são ruins tanto para empregado quanto para o empregador. “São medidas coercitivas que possuem muita resistência. Temos que ver que tipo de proposta Trump conseguiria implementar”, finaliza Zahran.
Por Rafael Coelho
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